<p>Ao som de apitos, cerca de 200 alunos manifestaram-se esta sexta-feira na Escola Secundária José Afonso, na Arrentela, Seixal contra os preços praticados no bar e na papelaria, que consideram ser elevados.</p>
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"O bar da escola não é feito para dar lucro. Há uma série de preços que são altos e os alunos do secundário acabam por sair da escola para ir comer a outros lados mais baratos", salientou, ao JN, André Martelo, da Associação de Estudantes, lembrando que os alunos do 7º ao 9º ano "não podem sair da escola e têm de se sujeitar".
Os estudantes contestam também o facto de o refeitório da escola ter sido "privatizado". "Agora pagamos 1,70 euros por refeição, mas se a empresa lhe der na cabeça no próximo ano já pode ser 2,50 euros ou mais", frisa outro representante dos estudantes, João Martins.
O Conselho Executivo nega qualquer privatização. "O refeitório está adjudicado a uma empresa", esclareceu, ao JN, o presidente Armando Pina, frisando que anualmente é aberto um concurso com esse propósito. Sobre os preços praticados no bar e na papelaria, o órgão de gestão refere que "são directrizes do Ministério da Educação".
A utilização gratuita do campo de jogos, de relva sintética, é outra das reivindicações dos estudantes para o período não lectivo. "Pagamos 30 euros por uma hora para usar o campo depois das 19", queixa-se João Martins.
A situação resulta de um acordo estabelecido aquando da reconstrução da escola, que tinha o campo de jogos degradado. A empresa que pagou a vedação e a relva sintética do campo usufrui do espaço entre as 19 e as 23 horas. E cobra dinheiro nesse período.