Dezenas de trabalhadores do sector da cortiça e elementos ligados à atividade sindical juntaram-se, na tarde desta quarta-feira, em frente às instalações da APCOR - Associação Portuguesa de Cortiça, em Lamas, Feira, numa concentração solidária para com Cristina Tavares e os trabalhadores da corticeira Pietec.
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Os manifestantes quiseram, desta forma, chamar a atenção para o problema vivido por Cristina Tavares, a funcionária da corticeira Fernando Couto, que se diz vítima de assédio moral e que se encontra suspensa com um processo disciplinar por alegada difamação da empresa.
"A minha ideia nunca foi desistir, mas estas manifestações dão-me força para continuar", adiantou, ao JN, Cristina Tavares.
A trabalhadora diz que ainda não recebeu a nota de culpa por parte da empresa e afirma que este será, "um Natal triste". "Não sei se volto para o trabalho ou vou ficar desempregada", explicou
Os presentes mostraram, ainda, solidariedade para com os mais de 30 trabalhadores da Corticeira Pietec, em Fiães, alvo de um despedimento coletivo por não aceitarem integrar a laboração contínua.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, presente na iniciativa, diz que, no caso da Pietec, se tratam de "despedimentos fraudulentos", "em que estão a substituir os trabalhadores [dos quadros] por precários".
Já sobre Cristina Tavares afirma que se trata de uma "situação inacreditável", "uma atitude de retaliação da empresa que violou a lei".
Para Alírio Martins, do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN), a APCOR, "Tem dois associados que são prevaricadores e esta associação, de bem, não está a tomar uma posição". "Viemos mostrar a nossa insatisfação no caso da Cristina e da Pietec", adiantou.