"Tourada é tortura. Não é arte, nem cultura!", gritava Filipa Soto Maior, em frente à Praça de Touros da Póvoa de Varzim, que, esta sexta-feira à noite, recebeu a XXII Grande Corrida TV Norte. As touradas, por ali, acabam em 2019.
Corpo do artigo
Esta foi a penúltima corrida, mas ainda assim "é preciso sensibilizar as pessoas". Aqueles "espetáculos medievais", numa sociedade que se quer "mais justa, mais igualitária e mais respeitadora do outro", já "deviam ter terminado", diz Filipa.
Do outro lado da rua, três dezenas com camisolas com a inscrição "Sou poveiro e sou aficionado", mas a manifestação é silenciosa. "Quem gosta, vem. Quem não gosta, não", diz Rui Maia Porto, do Movimento a Favor da Festa dos Toiros na Póvoa. Só querem "liberdade" e respeito pela "tradição" na "catedral tauromáquica do norte". A praça faz, em 2019, 70 anos. A luta, prometem, vai continuar nos tribunais.