Os dois feridos internados no Funchal, na sequência da queda de uma palmeira no domingo mantêm-se com "prognóstico reservado, em coma induzido", informou hoje, terça-feira, o director clínico.
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"Não há agravamento da situação, que é o que pretendemos, que se mantenham estáveis e os parâmetros analíticos e toda avaliação clínica mantenha o mesmo patamar", afirmou Miguel Ferreira em conferência de imprensa.
Contudo, o responsável esclareceu que se trata de uma "estabilidade relativamente periclitante, que pode desestabilizar a qualquer momento, porque são situações muito, muito frágeis".
"Vamos aguardar", sublinhou, confirmando que a senhora de 44 anos "está estável", em situação de "menos risco que o jovem, com ligeiras melhoras que não significativas".
Adiantou que a gravidade dos ferimentos impossibilita qualquer intervenção cirúrgica.
As equipas dos Cuidados Intensivos estão a intervir para "deixar estabilizar todos estes factores, sendo preciso que os órgãos vitais estabilizem e sejam ultrapassadas as possibilidades de infecções".
"São pessoas jovens, vamos e pensar que as coisas vão começar a correr pelo melhor lado", sublinhou.
Adiantou que só a médio prazo será possível "ter outro tipo de intervenção", realçando serem casos de evolução lenta e diária.
Considerou ser "indiscutível" que se não fosse a intervenção imediata dos médicos e enfermeiros no local, que trabalharam na estabilização dos doentes, os cuidados prestados no centro de saúde para fazer o transporte aéreo para a Madeira, onde os aguardava a Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR) que os monitorizou até ao hospital, "os dois feridos poderiam ter falecido no local dada a gravidade dos ferimentos".
No domingo à noite durante um comício verão do PSD no centro da cidade do Porto Santo, a queda de uma palmeira de grande porte provocou a morte de uma madeirense de 61 anos e dois feridos graves, mãe e filho, com 44 e 24 anos, respectivamente, residentes em Portugal continental que haviam chegado na véspera à ilha para passar uma semana de férias.
O procurador do Ministério Público do Circulo do Funchal, Gonçalves Pereira, disse à Lusa, que neste caso e "sempre que há uma morte na via pública é absolutamente necessário abrir um inquérito, sempre realizar a autópsia e averiguar a causa da morte".