No próximo dia 23, a iniciativa é do partido ADN, depois, a 25 de abril, a concentração é apartidária. Querem acabar com o drama da família que vive sem água e sob ameaças, em Ermesinde, Valongo.
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Uma onda solidária promete ajudar Andreia Pereira e a filha, de 13 anos. Ambas estão sem água, porque, à conta de desvios no contador, foi-lhes apresentada uma fatura de 20 mil euros, que Andreia, obviamente, não pode pagar. Além disso, sofrem com o barulho e as ameaças da família de etnia cigana, que ocupou o apartamento por baixo.
Para dar a mão a mãe e filha, estão anunciadas duas vigílias. A primeira, no dia 23, por iniciativa do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), de Joana Amaral Dias, e outra, no dia 25, “apartidária e silenciosa”, a realizar às 18 horas, no Parque Urbano de Ermesinde.
“No dia em que celebramos a Liberdade [25 de abril], juntamo-nos em silêncio por quem continua sem o mais básico dos direitos: um lar digno. Inspirados pela coragem de uma mãe e filha, que vivem há meses numa casa sem água, sob ameaça e abandono, convoco esta vigília em solidariedade com todas as vítimas de exclusão. Quero lembrar o que nunca devia ser esquecido: o direito constitucional à habitação é de todos”, pode ler-se na convocatória, nas redes sociais, com o alerta de que “não haverá cortejo, nem som amplificado”.
"Inação das autoridades"
Antes, na quarta-feira, a partir das 16 horas, também devido ao que diz ser a “inação das autoridades”, o ADN promete levar a cabo “uma vigília em frente à residência ilegalmente ocupada” em Ermesinde.
“Vamos dar até ao final desse dia para os ocupantes ilegais abandonarem voluntariamente o local. Findo esse prazo, o ADN tomará medidas efetivas para que a família proprietária recupere o imóvel”, adianta o partido, denunciando que “há meses que duas mulheres sozinhas vivem sob ameaças e sem acesso a água potável. Tudo isto a poucos metros de quem devia defender os seus direitos – Junta de Freguesia, Câmara, Polícia e Tribunais - todos cúmplices por omissão”.
Câmara diz que caso é "prioritário"
Ao JN, a Câmara Municipal de Valongo diz que Andreia Pereira está inscrita para a atribuição de habitação em regime de arrendamento apoiado. Acrescenta que “este realojamento é prioritário”.