O funeral da militar do Exército que morreu na passada sexta-feira, arrastada pelas ondas na praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim, vai realizar-se no sábado à tarde, na Amadora, divulgou esta quinta-feira aquele ramo das Forças Armadas.
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O corpo da primeiro-cabo Ani Muscuta Fonseca Dabó, de 20 anos, estará em câmara ardente a partir das 16.30 horas de sexta-feira, na paróquia de S. Bento de Massamá, e a missa de corpo presente vai realizar-se no sábado, às 14.30 horas, seguindo o funeral para o cemitério da Amadora, de onde a jovem era natural.
Recorde-se que, na madrugada da passada sexta-feira, a militar estava entre o grupo de oito militares do Exército, em formação na Escola de Serviços da Póvoa de Varzim, que se deslocaram a um bar na praia da Lagoa, para celebrar o final do curso. Saíram do bar após as 4 horas, e dirigiram-se até à linha de água "para molhar os pés", acabando alguns por ser apanhados pela ondulação, que estava particularmente forte. Ani Dabó tentou ajudar os colegas, mas acabaria por desaparecer no mar.
Em comunicado emitido esta quinta-feira, o Exército sublinha que "a primeiro-cabo Ani Dabó, sem hesitar, num ato de altruísmo, procurou ajudar camaradas seus que se encontravam em dificuldades, ato que, lamentavelmente, resultou no trágico falecimento da militar".
Aquele ramo das Forças Armadas adianta ainda que "através de informação preliminar recolhida, no âmbito da inquirição de testemunhas militares, em sede do Processo de Averiguações em curso no Exército, o trágico acidente ocorreu, em 25 de novembro, durante o período de folga, fora do contexto de serviço, no âmbito de convívio social em que alguns militares, se deslocaram para frequentar um estabelecimento de diversão noturna e decidiram ir até junto da linha de água da praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim, acabando arrastados pelo mar, particularmente agitado naquela madrugada".
"O Exército reconhece os mais de três anos de serviço militar em regime de contrato prestados pela primeiro-cabo Ani Dabó ao serviço das Forças Armadas e de Portugal", refere o comunicado, realçando que "Ani Dabó era respeitada e admirada pelos seus camaradas por ter um caráter vibrante, honesto e entusiasta de servir ao próximo".
"Os restantes sete militares envolvidos já obtiveram todos alta hospitalar, continuando a ser apoiados através do Centro de Psicologia Aplicada do Exército", indica o ramo.