O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou na pessoa de Dinis Conceição, o heroísmo dos bombeiros portugueses. No funeral daquele operacional de Odemira, o chefe de Estado disse que Portugal está grato a estes homens e mulheres que se sacrificam pelos outros.
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"Dinis está no alto do alto porque a sua vida foi servir do princípio ao fim", disse Marcelo Rebelo de Sousa, ao falar aos Bombeiros de Odemira, no cemitério da Boavista dos Pinheiros, onde foi a enterrar este domingo o bombeiro Dinis Conceição, falecido num acidente na quarta-feira. "Devem sair daqui com mais força. Vocês estão do lado heroico da vida", acrescentou o presidente da República.
"A grande lição, neste momento, para esta equipa, é que vale a pena a escolha que fizeram na vossa vida", disse Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado por dois dos feridos do mesmo acidente e que entretanto tiveram alta. Há ainda outros dois internados, um no Hospital e Portimão e outro no de Santa Maria, em Lisboa. "É uma escolha para toda a vida, servir os outros", acrescentou o chefe de Estado.
"É sair daqui a pensar que valeu a pena o que o Dinis fez, que o que estamos a fazer vale a pena e vale mais a pena ainda, porque agora temos um heroico mais heroico que é o Dinis, que deu mesmo a sua vida", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa. "E por isso é que Portugal vos está eternamente grato, porque são os melhores dos melhores, os que dão a sua vida pela vida dos outros", disse o presidente da República.
A ministra da Administração Interna, que tutela os bombeiros e as forças de segurança, Margarida Blasco, esteve também presente no funeral. O cortejo fúnebre cobriu de carros e de gente os cinco quilómetros de estrada entre Odemira e a Boavista dos Pinheiros, terra natal de Dinis Conceição, falecido num despiste de uma viatura de combate a incêndios na passada quarta-feira.
O acidente aconteceu na quarta-feira à noite, na estrada municipal que liga Boavista dos Pinheiros a Saboia, em Odemira, deixando cinco bombeiros feridos, entre os 37 e os 43 anos, dos quais quatro graves e um ligeiro. O bombeiro Dinis Conceição, de 38 anos, tinha sido helitransportado para o Hospital de São José, em Lisboa, mas acabou por morrer na sexta-feira. Era bombeiro profissional na corporação e pertencia a uma equipa de intervenção permanente (EIP), composta por cinco elementos.
Proteção Civil e GNR investigam acidente
Na quarta-feira, esta EIP foi chamada a intervir “numa queimada autorizada” em Saboia, a qual “se descontrolou”, e os operacionais regressavam a casa quando o veículo de combate a incêndios se despistou, segundo o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Odemira, António Camilo.
A Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil abriu um inquérito ao acidente de viação, logo no próprio dia do sinistro, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicando tratar-se de um procedimento realizado sempre que existe um acidente envolvendo um veículo dos bombeiros.
Também Luís Oliveira indicou que estavam em curso inspeções da ANEPC e do Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR e disse querer conhecer o relatório das perícias para apurar se o despiste “foi provocado por deficiência mecânica ou por erro humano”De acordo com o comandante, “nunca houve queixas de segurança” relativas a esta viatura, mas o veículo iria ser recolhido “na segunda-feira para pequenas retificações técnicas”, que não implicavam “a segurança da mesma”. De acordo com o comandante, “nunca houve queixas de segurança” relativas a esta viatura, mas o veículo iria ser recolhido “na segunda-feira para pequenas retificações técnicas”, que não implicavam “a segurança da mesma”.
De acordo com o comandante, “nunca houve queixas de segurança” relativas a esta viatura, mas o veículo iria ser recolhido “na segunda-feira para pequenas retificações técnicas”, que não implicavam “a segurança da mesma”.