Presidente da República entra num vídeo em direto de comerciantes, no Porto, levando ao delírio as lojistas Patrícia e Sara.
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Não haverá muitos comerciantes que se possam gabar do mesmo que Patrícia e Sara, sócias-gerentes de um cabeleireiro e pronto-a-vestir do Porto, que, no domingo à noite, foram surpreendidas pela presença do presidente da República. As colegas e amigas, ambas portuenses, já tinham fechado a loja ao público e terminavam o dia de trabalho com uma venda online, transmitida em direto para o Facebook, quando alguém lhes bate à porta.
"Bateram à porta duas vezes. Sinceramente nem liguei muito, mas depois vi o presidente a espreitar. Nem quis acreditar. Fiquei tão impressionada que não disse nada de jeito", contou Sara ao JN, esta quarta-feira, recordando, ainda eufórica, o momento inusitado em que o chefe de Estado entrou no PatySarawoman, com loja física na Rua dos Vanzeleres, perto da Casa da Música. O contentamento foi tanto que nem hesitou na hora. "Foi às 23.40!", disse, convicta.
"Entrou, tirou o casaco, deu-nos beijos e puxou-nos às duas para aparecermos com ele na câmara. Foi espetacular. Uma humildade como não há", notou Sara, que, na ocasião, apanhada de surpresa, comentou, entre risos, que a loja não tinha tido direito à presença da Polícia, mas sim do presidente da República. Ao JN, explicou que se tratou de uma brincadeira habitual que faz durante os diretos, desde que uma feirante foi surpreendida pela PSP, em Mirandela, quando fazia uma venda online.
Também em declarações ao JN, o presidente da República - que, nessa noite tinha estado num concerto da Banda da Armada, na Casa da Música - não só confirmou como explicou a visita às comerciantes, contando sobre os habituais passeios que gosta de dar quando está no Porto: "Costumo subir ou descer a Boavista. Dessa vez, tinha acabado de sair da Casa da Música e fui dar uma volta. Passei por alguns restaurantes ainda abertos e vi uma loja com duas jovens". E assim está feita a oportunidade para dois dedos de conversa e dois beijinhos. "Estiveram-me a explicar o que estavam a fazer, que era um direto para o Facebook", contou Marcelo Rebelo de Sousa, que, na ocasião, estava acompanhado por seguranças.
"Tratou-se de uma visita fortuita a uma loja, durante um passeio noturno e tardio do Presidente da República, no Porto, depois de um concerto da Banda da Armada, na Casa da Música", reiterou, ainda, fonte da Presidência da República.