As ruas de Famalicão encheram-se de cor, música e alegria na noite de segunda-feira. O Santo António foi o ator principal das 10 marchas que saíram à rua e coloriram a rua exibindo o trabalho de meses sob o tema genérico "A noite de Santo António".
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Arcos, roupas, música, coreografia, tudo foi pensado ao pormenor por cada grupo que, durante oito minutos, atuou perante o júri. Os vencedores são conhecidos na noite desta terça-feira.
Os grupos concentraram-se na avenida de França, ao início da noite, e daí desfilaram até aos Paços do Concelho onde atuaram. Durante o percurso foram mostrando aos populares que se concentraram nas ruas o resultado de meses de ensaios.
"Tivemos a primeira reunião para preparação da marcha em agosto de 2016, e a partir de janeiro, fevereiro começamos a juntar o pessoal para roupa, música, arcos e coreografia", explicou António Fangueiro, coordenador da marcha de S. Martinho de Brufe, a primeira a entrar em palco, sob o tema "Corações de amor".
Mas houve quem se dedicasse a homenagear os soldados do Ultramar, quem quisesse descrever as noites de Santo António com a animação, os namoricos, os matrimónios. Outros aludiram às tradicionais fogueiras de Santo António e aos namoros.
A marcha da Associação Recreativa e Cultural de Antas (ARCA) levou a palco o subtema "Famalicão em festa" com os namoricos no arraial de Santo António, sardinha a assar, os bailaricos e os manjericos.
"Não esperávamos este contratempo mas mesmo assim a marcha não se descompôs", adiantou Ricardo Ribeiro, responsável pelo grupo referindo-se à falha momentânea de som e luz durante a exibição.
Durante a noite aconteceram alguns cortes momentâneos do som e luz mas que não atrapalharam os marchantes. De resto, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha garantiu que tal não afetará a avaliação de cada marcha.
"São circunstâncias que acontecem fruto da dinâmica de um espetáculo feito ao ar livre como é este. Fazer um espetáculo como este é sempre um desafio, e foi superado apesar destas circunstâncias", adiantou. Explicou que o júri tem itens de avaliação e nenhum deles está dependente das "condições de sonoridade".
Ricardo Ribeiro salientou o trabalho minucioso que tiveram na preparação da marcha salientando o detalhe dos arcos feitos com tecidos.
Iolanda Sá, coreógrafa da marcha de União de Freguesias de Esmeriz e Cabeçudos estava satisfeita com a atuação do grupo que coordenou. "Continuamos sem som e quando voltou estávamos todos alinhados. Acho que correu bem", adiantou. "Quisemos inovar e introduzir aqui o flamenco e o passo doble", acrescentou.
O presidente da Câmara de Famalicão frisou a qualidade crescente das marchas antoninas, e destacou o fato destas não esquecerem os símbolos famalicenses.