Vai tratar os esgotos dos 10 mil habitantes e substituir equipamento que não evita contaminação do curso de água.
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Arrancou oficialmente esta terça-feira a construção da nova ETAR-Estação de Tratamento de Águas Residuais da Ponte das Tábuas, no Marco de Canaveses, que vai tratar os esgotos que diariamente são produzidos por 10 mil habitantes da cidade e freguesias limítrofes. Vai substituir uma das duas ETAR do concelho, que há vários anos não tem capacidade de resposta e que, por isso, tem poluído o rio de Galinhas.
A empreitada vai custar 2,6 milhões de euros, financiados em 1 milhão pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
A ajuda comunitária, a primeira do género no concelho a nível ambiental, surge na sequência de um convite do Ministério do Ambiente à Câmara do Marco atendendo a que está impedida de recorrer a fundos comunitários devido ao diferendo em tribunal que mantém com a empresa concessionária Águas do Marco.
A presidente da Câmara, Cristina Vieira, fala em obra que "derruba o muro dos fundos comunitários para infraestruturas de água e saneamento" no Marco de Canaveses "para dissipar este atraso estrutural do concelho que tanto tem prejudicado as famílias", admitiu a edil.
A nova ETAR "com tecnologia de ponta", estará pronta dentro de 16 meses. Só por essa ocasião é que a população local poderá festejar o fim do mau ambiente e cheiro nauseabundo do rio de Galinhas. Até lá os esgotos que chegam à zona de obras, vão continuar a ser recolhidos em cisterna para a outra ETAR e os resíduos líquidos continuarão a ser lançados no rio de Galinhas. Aliás, no terreno é bem visível que há um rio de Galinhas a montante, e outro a jusante da ETAR, tal a diferença dos níveis de poluição.
A assinatura da consignação da obra foi hoje realizada e testemunhada pela Secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa. Na obra está também prevista a construção de duas estações elevatórias de águas residuais (em Vila Maior e Pontinha), porém, estes investimentos ainda estão sujeitos à aprovação pelo executivo e enquadrados nas negociações que a Câmara mantém com a concessionária das redes.