O Super Bock Group apresentou um projeto ecológico para reduzir a pegada de carbono, intitulado Roteiro de Descarbonização, que significará um investimento de 80 milhões de euros. Terrenos em Matosinhos e Pedras Salgadas serão alvo de restauro e são parte fulcral do plano estruturado para ser concluído até 2050.
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A cada vez mais urgente necessidade de implementar práticas ambientalmente conscientes esteve na base da decisão em investir nesta iniciativa, que deu os primeiros passos em 2022. Inicialmente, o âmbito do projeto estava relacionado com a utilização de energias mais limpas, mas foi alargado às emissões de CO2, com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica no fim da missão.
O CEO da empresa, Rui Lopes Ferreira, explicou que a decisão de avançar com o projeto está relacionada com "assumir a responsabilidade social" e ajudar à solução da crise climática.
"A empresa tem o dever de contribuir para a resolução dos problemas que a sociedade enfrenta. Temos esperança que esta iniciativa ajude a incentivar outras empresas a enveredar pelo mesmo caminho", afirmou o administrador.
As primeiras duas etapas deste Roteiro de Descarbonização estão diretamente ligadas com as emissões diretas que a Super Bock origina e prevê-se que estejam neutralizadas até 2030. Já a terceira fase, relacionada com as emissões indiretas, que são 89% do valor total, está relacionada com a produção de embalagens, com os equipamentos de frios e com a agricultura, tendo resolução prevista para o fim do projeto, em 2050.
Matosinhos e Pedras Salgadas são também parte fundamental deste plano, uma vez que serão alvo de um restauro ecológico e reflorestação. O facto de a empresa possuir já terrenos nestas duas localidades ajudou a optar por estes locais.
"A descarbonização não se trata apenas de reduzir a emissão, mas sim também transformar o CO2. Queremos criar valor para os nossos consumidores e colaboradores e isso passa por esta iniciativa", completou Rui Lopes Ferreira.
Ambos os projetos visam a regeneração original destes ecossistemas naturais, com objetivos de reter e melhorar a qualidade da água, do solo, do ar e da biodiversidade a longo prazo.