A população de Póvoa de Lanhoso está preocupada com o impacto na saúde dos maus cheiros do aterro e recorda o que se passou há oito anos, quando a água das nascentes ficou contaminada.
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Um aroma pestilento vindo do aterro intermunicipal da Braval, na serra do Carvalho, na Póvoa de Lanhoso, tem tomado conta do ar, principalmente nas freguesias de Covelas, Ferreiros, Lanhoso e na própria vila. Há ainda registos de queixas em lugares mais distantes, como Fonte Arcada, dependendo da direção do vento. O município e as autoridades conhecem o problema e já houve reuniões para encontrar soluções. Segundo a câmara, a empresa está a implementar um plano de contingência.
Maria Judite vive numa moradia, junto à EN 103, que liga Braga à Póvoa de Lanhoso, na freguesia de Covelas, a pouco mais de um quilómetro do aterro da Braval. “É um cheiro horrível, sente-se a queimar na garganta”, queixa-se. Do quintal da casa, vê-se o vale do Cávado e a serra do Gerês ao longe, “mas a vista é só para enganar, isto não é nenhum paraíso”, lamenta.