Residentes disseram à Câmara que querem um cinema e um espaço de artes com bar no projeto de reabilitação.
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A população do Luso gostou da notícia da recuperação do Cineteatro, erguido no início do século passado, e aos arquitetos que o vão “reanimar” fizeram dois pedidos. “Os mais velhos querem que continue a ter cinema, como acontecia nos seus tempos de juventude, e os mais novos gostavam de ver ali um espaço de artes com um bar onde pudessem trabalhar e divertir-se, aproveitando as vistas da localização”, revelou ao JN a arquiteta Mariana Cidade, do gabinete contratado pela Câmara da Mealhada para reabilitar o Teatro Avenida, como também é conhecido.
Numa das últimas semanas, Mariana, natural do Luso, andou pela vila a ouvir residentes. Entrevistou uma centena e confirmou que, globalmente, as ideias de quem ali mora são idênticas às da Câmara. “Será um espaço polivalente, com um centro de interpretação ambiental, muito voltado para o Bussaco, mas também casa de artes e de desporto”, afirmou o presidente do município, António Franco.
O centro ambiental e o desporto justifica-se pela proximidade da Mata Nacional do Bussaco e pelas atividades físicas (caminhadas e ciclismo) que no exterior do teatro podem ter um centro de apoio “como um balneário”, explica Mariana.
A Câmara estima investir 1,5 milhões na recuperação, que terá um prazo de construção de um ano. Mas o projeto ainda está em fase de elaboração, devendo a primeira versão ser apresentado ao executivo na próxima semana, adiantou a arquiteta.
A ideia é “conservar ao máximo o edifício, que manterá a sala de cinema/espetáculos e espaços multifuncionais e multiculturais”, adianta a arquiteta, que deixa a última palavra para a Câmara. O mais difícil no projeto, explica, são os acessos devido às novas regras e ao facto do edifício ficar num terreno acidentado.
O projeto preconiza a reabilitação também do espaço exterior, incluindo as escadas confinantes, porta de entrada da Mata do Bussaco.