Litígio entre Unidade Local de Saúde de Coimbra e o Hospital da Misericórdia de Mealhada em tribunal por entendimentos diferentes sobre dívidas de operações feitas no âmbito do SIGIC
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Há médicos e enfermeiros a prestar serviços no Hospital da Misericórdia da Mealhada que aguardam, pelo menos, há sete anos pelo pagamento de várias cirurgias, realizadas no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC). A clínica confirma a existência de uma dívida de 1,1 milhões de euros da parte da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, referente aos anos de 2023 e de 2024, mas considera-a “normal”, enquanto a ULS diz não ter qualquer pagamento em falta, embora reconheça a existência de um litígio entre as duas instituições. Há débitos discutidos em tribunal.
O cirurgião Carlos Pereira é um dos clínicos que aguardam o pagamento de 25 cirurgias de doentes encaminhados pela ULS de Coimbra para o Hospital da Misericórdia da Mealhada, ao abrigo do SIGIC, realizadas entre 2017 e 2023. O médico assegura que devem à sua equipa - constituída, ainda, por uma ajudante, uma instrumentista e uma anestesista - mais de dez mil euros. “O Hospital da Misericórdia da Mealhada pôs alguns casos em tribunal, porque não querem pagar sem haver razão para isso”.