Cerca de duas centenas de pessoas foram ao Jardim Garcia de Orta, na vila de Castelo de Vide, para provarem a "Mega Sopa de Sarapatel", um prato confecionado à base de borrego. A iniciativa foi organizada por quatro juntas de freguesia daquele concelho do Norte Alentejo.
Corpo do artigo
A "Festa das Colheitas", muito popular entre os judeus, é assinalada 50 dias depois da Páscoa.
Nuno Vaqueiro, presidente da Junta de Freguesia de São João Batista, falou em nome dos colegas de Santa Maria da Devesa, Santiago Maior e Nossa Senhora da Graça e Póvoas e Meadas, afirmando que o evento foi organizado desta forma pela primeira vez. "A Semana do Sarapatel é da responsabilidade da câmara e envolve os restaurantes. Aqui, quisemos juntar o maior número de fregueses do concelho", frisou, acrescentando que "cada pessoa pagou oito euros, um valor simbólico, e o remanescente é da responsabilidade das juntas". "Foi um sucesso e vamos repetir nos anos seguintes", concluiu.
A "Sopa de Sarapatel", que remonta a meados do século XVII, é gastronomicamente definida como uma sopa seca, preparada a partir das vísceras de borrego, cabrito ou porco e outros ingredientes como o sangue e as ervas aromáticas. O sarapatel é uma sopa habitualmente consumida no dia de Páscoa, mas que nas últimas décadas ganhou um papel preponderante na gastronomia da vila conhecida como a "Sintra do Alentejo".
Há séculos que este prato acabou por passar as fronteiras de Portugal e foi adaptado no Brasil e nas antigas colónias portuguesas da Índia, de Goa Damão e Diu.