Intervenção num dos principais acessos de Ermesinde avança em Julho e fica pronto ainda este ano.
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O viaduto da Rua da Igreja, em Ermesinde, Valongo, vai entrar em obras dentro de dois meses. A degradada estrutura, com 30 anos, nunca foi intervencionada e, por isso, revela vários problemas. O preço base da empreitada ascende a 550 mil euros.
O viaduto, um dos principais acessos a Ermesinde (uma das zonas mais populosas da região), passa sobre a via férrea, que tem tráfego intenso. Os trabalhos deverão demorar quatro meses.
Há muito que o mau estado da travessia origina múltiplos protestos de moradores, comerciantes e automobilistas que são obrigados a passar por ali.
Embora não "haja nenhum perigo iminente na estrutura, é preciso agir atempadamente para resolver vários problemas do tabuleiro", disse, ao JN, o vereador das Obras Municipais da Câmara de Valongo, Arnaldo Soares, especificando que existe "alguma degradação em termos de armaduras, com o ferro à vista, devido ao desprendimento de betão". Além disso, a estrutura sofre de infiltrações que têm a ver com "alguns problemas da drenagem das águas".
O concurso público para a realização da empreitada já foi publicado em Diário da República.
Para moradores e comerciantes, a "obra só peca por tardia". A população lembra que o medo de uma eventual derrocada "acentuou-se logo a seguir à queda da ponte de Entre-os-Rios".
Na altura, uma vistoria levada a cabo pela Refer "veio acalmar os ânimos", lembrou o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho. Ainda assim, o autarca sublinha que "é importante que a obra seja rápida".
Obras durante parte da noite
O vereador das Obras Municipais espera que a obra, comece "até finais de Junho ou, o mais tardar, no início de Julho", ficando concluída ainda este ano. Até porque "é uma intervenção que interfere muito com a circulação no centro de Ermesinde", observou. Arnaldo Soares acrescentou que o viaduto nunca teve uma intervenção de fundo, sobretudo porque "não é fácil fazer uma obra numa estrutura que tem circulação ferroviária a passar por baixo".
A empreitada agora lançada vai "obrigar a uma coordenação muito grande". Numa primeira fase, os trabalhos terão mesmo de decorrer durante a noite.
"Para intervir na parte central do viaduto, que está sobre a plataforma ferroviária, é preciso desligar a energia eléctrica que abastece as linhas. Durante uma parte da madrugada será interrompida a circulação dos comboios, para que seja possível realizar as obras de manutenção na parte lateral e na parte inferior do viaduto", descreveu o vereador.
No local estarão gruas hidráulicas que terão braços de acesso à parte inferior do viaduto, mas que, em três ou quatro horas, no máximo, terão de ser retiradas para permitir a circulação ferroviária sem constrangimentos.
Durante o mesmo período, o viaduto também estará parcialmente fechado. Já quando as obras chegarem aos passeios e ao próprio tabuleiro, o viaduto será encerrado durante todo o dia.
"Vamos tentar que seja o mínimo possível, mas vai criar um certo constrangimento, pois é um dos principais acessos da cidade. Por isso mesmo, o empreiteiro terá que apresentar um plano alternativo viário", concluiu Arnaldo Soares.