O deputado Mendes Bota (PSD) pediu este sábado "calma" e um "abaixo-assinado bem estruturado" aos moradores da Estrada Nacional 125 que, na terça-feira, cortaram o trânsito na zona de Vilamoura (Loulé) por discordarem das obras de alargamento daquela via.
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No encontro com cerca de 100 moradores da Estrada Nacional 125 (EN 125), Mendes Bota apelou à "calma" e à "serenidade" dos residentes e pediu-lhes que escrevessem um "abaixo-assinado bem estruturado", onde fossem identificadas todas as pessoas afectadas, seja na habitação ou nas actividades económicas.
Na terça-feira passada, perto de 200 pessoas protestaram contra obras de requalificação da EN 125, cortando o trânsito durante cerca de uma hora na zona de Vilamoura, em Loulé. Os moradores da EN 125 estão contra o alargamento da via para quatro faixas de rodagem e um separador central.
O deputado do PSD sugeriu ainda aos cidadãos que escolhessem uma comissão de representantes para dialogar.
"Este é o tempo certo para se tentar, pela via do diálogo, minimizar os prejuízos, e rectificar o projecto de forma a poder conjugar a melhoria desta infraestrutura rodoviária, com a viabilidade económica e social, de quem aqui trabalha e de quem aqui vive", declarou.
Para Mendes Bota não é aceitável que se queira introduzir à força uma "quase autoestrada com separador central, quatro faixas de rodagem, passeios, ciclovias, estacionamentos e arborização, no meio de um tecido urbano historicamente consolidado".
"Para que servirão os passeios e as vias de serviço, se os comércios forem à falência ou os moradores ficarem com a estrada rente às portas?", questiona o deputado da Assembleia da República, eleito pelo Algarve.
Mendes Bota prometeu aos moradores da EN 125 que ia "hoje mesmo interpelar o Governo" para "chamar a atenção" para aquele problema e para que se" evitem factos consumados, sem diálogo, ou nas costas dos interessados e das autarquias".
"Logo que se tenha feito o inventário das situações conflituais, solicitarei uma reunião com a Estradas de Portugal, para que, em diálogo, com equilíbrio e bom senso, se possa encontrar a melhor solução para todas as partes", revelou.