Menezes: "Admiro-me que ainda muitas grávidas não tenham dado à luz na Ponte da Arrábida"

Autarca Luís Filipe Menezes defende reforço do Hospital de Gaia
Foto: Carlos Carneiro
O autarca Luís Filipe Menezes voltou a defender o aumento das valências no Hospital de Gaia, argumentando que os problemas de mobilidade na vizinha cidade do Porto o aconselham.
"Os hospitais polivalentes, como é o caso deste de Gaia e Espinho, que ficam na periferia de uma grande área metropolitana, têm todas as valências e uma grande importância do ponto de vista da organização da emergência médica. E porquê? Porque estando na periferia, toda a lógica de transporte e mobilidade é muito mais fácil. Os senhores conhecem o quadro que está a haver sobre a VCI, por exemplo. Eu admiro-me que ainda muitas grávidas não tenham dado à luz na Ponte da Arrábida", atirou o presidente da Câmara de Gaia, aludindo aos problemas de trânsito no Porto.
A preceder a reunião desta sexta-feira, com os atuais e anteriores diretores do hospital, num encontro que também juntou médicos e o presidente da Câmara de Espinho, Jorge Ratola, Menezes considerou que o Governo deve reforçar, de "uma forma definitiva a polivalência, do ponto de vista qualitativo e de emergência médica, o centro hospitalar de Gaia/Espinho, que acaba por ser o grande centro a sul do Porto".
O Hospital de Gaia recebeu a confirmação da Comissão Nacional da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente de que mantém a classificação IIb na rede de referenciação em pediatria, acabando com a incerteza e a polémica levantadas recentemente. "Em abono da verdade, acho que foi pelo barulho que fizemos. Nem sequer admito outro cenário. Assim como não admito outro cenário em relação à cardiologia e a qualquer valência de especialidade qualificada que está no Hospital de Gaia", adiantou.
O presidente do conselho de administração da unidade hospitalar, Luís Matos, afirmou, por seu lado, haver o "compromisso da parte da Comissão Nacional da Saúde Materna para ter os cuidados intermédios pediátricos em 2026", revelando ter "um documento escrito onde diz que não há problema nenhum com a área pediátrica" e que irão manter-se o nível em que "sempre" estiveram e que "é o nível correto".

