Menina atacada por cão de raça pitbull em escola de Santa Maria da Feira
Uma menina de oito anos foi atacada por um cão da raça Pitbull no recreio de uma escola de Rio Meão, revelou, esta quinta-feira, a associação de pais desse estabelecimento de ensino do concelho de Santa Maria da Feira.
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Segundo a presidente da referida estrutura do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto, Lurdes Soares, o ataque deu-se quarta-feira à tarde na Escola Básica e Jardim-de-infância do Outeiro, quando os portões do estabelecimento estavam abertos para que pais e encarregados de educação acedessem ao interior para acompanhar as crianças na saída das aulas e regresso a casa.
“Uns miúdos começaram a gritar, cheios de medo, e o cão foi atacar logo a menina que estava mais calma”, revela Lurdes Soares à Lusa. “Mordeu-a debaixo do braço e foi um pai que estava lá a falar com a professora que a foi separar do cão. A menina depois foi para o hospital e teve que levar pontos na axila, mas já veio para casa e está bem, a tomar antibióticos para evitar risco de infeções”, acrescenta.
Segundo essa responsável, o cão será propriedade de um morador que é vizinho da escola e cuja residência “já está sinalizada” pelas autoridades policiais. Com a entrada e saída de pessoas nessa habitação, o pitbull terá ficado sem vigilância e saiu para a rua, dirigindo-se então para o recreio da escola.
“Percebemos que esta situação podia ter acontecido na rua, a qualquer outra pessoa, mas isto preocupa-nos na mesma”, afirma Lurdes Soares.
Contactado pela Lusa, o Hospital de São Sebastião, onde a menina foi assistida, diz que essa esteve menos de uma hora na urgência e recebeu alta médica logo depois.
Sara Rocha, mãe da menina em causa, diz que a filha “hoje já queria ir à escola”, mas ficou em casa e está a recuperar bem, inclusive a nível psicológico. A mãe diz-se, contudo, preocupada com outras questões: "Continuamos sem saber o que vai acontecer ao cão e ainda ninguém nos disse se ele tem ao menos as vacinas em dia, para vermos se devemos contar com infeções ou não”.
Entretanto, a menina “já foi mostrar a ferida à delegada de Saúde Pública” e a mãe também já prestou declarações na GNR. “Avisaram-nos que depois eu ia ser chamada a tribunal para contar o que aconteceu”, adianta Sara Rocha.
A Câmara Municipal da Feira afirmou ao fim do dia que está “a acompanhar o caso com a devida atenção, articulando com as autoridades competentes todas as diligências necessárias”.
Sobre o animal envolvido no ataque, diz que esse ficou “sinalizado pelas autoridades e está sob avaliação, cabendo agora às entidades com competência nesta matéria — nomeadamente o serviço médico veterinário municipal e a GNR — a tomada de medidas subsequentes”.
A autarquia adiantou que está ainda a avaliar “com os serviços jurídicos municipais e entidades competentes eventuais medidas complementares que reforcem a proteção e o bem-estar da comunidade escolar”
