Uma adolescente de 11 anos foi, na terça-feira, sugada por uma boca de saída de água nas piscinas da Baixa da Banheira, na Moita, tendo sido reanimada no local, disse à Lusa o pai da jovem.
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"Neste momento está estabilizada e todos os exames apontam para que esteja tudo normal. Está internada e vai continuar por medida de precaução. Foi um grande susto", disse à Lusa João Carvalho.
O pai, que não estava no local, já apresentou queixa na PSP e garante que vai avançar com um processo, já que a a jovem foi levada para a piscina através de um serviço de ocupação de tempos livres, que deveria garantir a vigilância.
"A minha filha foi sugada mesmo junto a uma escada de acesso. Tentaram e não a conseguiram retirar da água, só quando desligaram os motores. Felizmente que estava uma enfermeira no local com a filha que a conseguiu reanimar", explicou.
João Carvalho disse que a situação é inconcebível: "Não sei precisar mas pelo que me disseram ainda esteve uns minutos debaixo de água. Apesar de ter 11 anos faz-me confusão como é que foi sugada".
A piscina é um equipamento municipal, mas que está cedido a uma entidade privada. Luís Morgado, responsável pelo espaço, reconheceu à Lusa que o que aconteceu foi um "facto estranho".
"A criança, numa piscina com 1,50 metros, sem ninguém perceber bem como, ficou com as pernas coladas a uma boca de saída de água que tem um palmo de diâmetro. Foi retirada, reanimada e quando os bombeiros chegaram já estava consciente", disse.
O responsável refere que tem estado a acompanhar o estado de saúde da jovem e que vai acionar o seguro, explicando que a piscina em causa já está vazia.
"Existem três piscinas e esta já foi vista por técnicos e vamos fazer obras. Em 20 anos nunca houve um problema destes. A jovem estava de joelhos no fundo, tendo a boca de sucção, que tem um gradeamento, feito vácuo e ficou colada pelas pernas", explicou.
Luís Morgado afirmou que as piscinas têm vigilantes e que cumprem todas as regras de segurança e higiene, tendo toda a documentação aprovada pelas entidades competentes.
Miguel Canudo, vereador da autarquia da Moita, disse à Lusa que os técnicos estiveram no local e que se tratou de um acidente.
"Não há perigo de as pessoas serem sugadas para o tubo porque não cabe lá ninguém, nem uma criança. Foi um acidente. Sempre trabalhou assim ao longo de todos estes anos e nunca aconteceu. Vamos deslocalizar a escada e proteger melhor aquele local, como medidas de precaução", afirmou.