Elsa Pinheiro perdeu 32 quilos em sete meses, após uma cirurgia e um plano de treinos personalizados.
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"Mamã, já não consegues brincar comigo". O lamento ouvido de forma repetida atingiu o coração de Elsa Pinheiro de forma certeira e foi o ponto de partida para mudar de vida. Com 38 anos, pesa pouco mais de 60 quilos, mas a balança já indicou 128. Salvou-a uma cirurgia bariátrica (sleeve gástrico) e o acompanhamento personalizado dos treinadores do programa municipal de Braga de combate à obesidade.
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Desde pequena que Elsa não conheceu outra realidade senão a de ter excesso de peso. Os pais sofrem de problemas de obesidade e a bracarense sempre viveu sem regras ao nível alimentar. "A minha infância foi baseada em doces, em saltar refeições. E isso fez-me ganhar peso. Foi sempre uma luta", recorda, admitindo que chegou "a ter um peso máximo de 128 quilos" que a despertou para a necessidade de uma primeira cirurgia.
Anel não resolveu
"Colocaram-me um anel, mas não deu resultado. Tive que retirar", conta Elsa, adiantando que, há cerca de três anos, impulsionada pela vontade de brincar com a filha pequena, voltou a ser proposta para cirurgia no Hospital de Braga, e foi aí que a vida começou a mudar. "Estava com 106 quilos e tinha que perder peso para poder fazer o sleeve gástrico. Na primeira consulta, soube que o hospital tinha um protocolo com a Câmara que nos disponibilizava um treinador para ajudar no plano de emagrecimento e aproveitei", relembra, com um sorriso de quem já conquistou a batalha.
A bracarense perdeu dez quilos até se submeter à operação, em outubro do ano passado. Entretanto, em sete meses, já desapareceram mais 32, ou seja, um total de 42 quilos. "Temos de estar psicologicamente preparados, porque estamos habituados a comer tudo e mais alguma coisa. De um momento para o outro, não conseguimos ingerir quantidades muito grandes. É um impacto enorme ao nível físico e psicológico e o treino ajuda em tudo", assevera Elsa, regozijando-se por passar de um "XXL para um S/M" e usar calças do tamanho "36/38" quando estava habituada ao "48/50".
"É outra vida. Tenho mais autoestima e a minha filha e o meu marido sentem-se felizes", confidencia.