Finalmente avançou, neste sábado, a demolição do edifício, que já estava encerrado, na Sé, no Porto. Para o local está previsto um jardim, que ficará pronto em outubro.
Corpo do artigo
Após sucessivos adiamentos, avançou a operação de demolição do Mercado de S. Sebastião, no Porto. Retirados os escombros, o espaço na freguesia da Sé, no coração do Centro Histórico e a meia dúzia de passos da Ponte Luís I, será transformado num jardim.
Do edifício que já estava encerrado e se tinha transformado num local de consumo de droga, obrigando à intervenção da autarquia, resta a memória. “Será uma zona verde que permitirá usos diferentes daqueles que estavam a ser feitos naquele local. Um uso mais de passeio, de estadia, de descanso, de fruição. O objetivo é dar um usufruto mais digno e mais aberto à comunidade que ali reside e a quem visita aquele espaço e que todos os dias vai à Sé”, tinha explicado Manuel Aranha, vice-presidente da empresa municipal GO Porto, responsável pela empreitada, quando da consignação da obra. Com um orçamento de 320 mil euros, os trabalhos de construção do jardim deverão estar concluídos em outubro, ainda de acordo com as declarações de Manuel Aranha.
A intervenção no antigo mercado está na área do projeto de requalificação da Avenida da Ponte, da autoria de Álvaro Siza, que foi apresentado no passado dia 16. Na ocasião, foi reiterado que as rochas e os muros de granito são para manter, na reconversão do espaço como jardim.
Habitação na avenida
O projeto de Álvaro Siza para avenida prevê a construção de habitação para o mercado de arrendamento acessível. As 22 casas ficarão no enquadramento composto pelas ruas S. Sebastião e Chã, e pelo Morro da Sé. Junto a São Bento, na Praça de Almeida Garrett, nascerá outro prédio, com rés do chão e três pisos.
Os jardins que integram o plano ficarão sob a alçada de Sidónio Pardal, autor do Parque da Cidade do Porto. Os espaços verdes poderão servir para eventos musicais e, segundo foi anunciado, também está prevista a instalação de uma fonte barroca.