A transformação do Mercado S. Sebastião, na Sé, atualmente ao abandono, em jardim público estará concluída em outubro. A obra, que inclui a demolição do edifício, já foi entregue ao empreiteiro e vai custar cerca de 320 mil euros.
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"Será uma zona verde que permitirá usos diferentes daqueles que estavam a ser feitos naquele local. Um uso mais de passeio, de estadia, de descanso, de fruição. O objetivo é dar um usufruto mais digno e mais aberto à comunidade que ali reside e a quem visita aquele espaço e que todos os dias vai à Sé", explicou Manuel Aranha, vice-presidente da empresa municipal GO Porto, responsável pela empreitada.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente detalhou que a empreitada foi consignada na sexta-feira passada, terá um prazo de quatro meses (120 dias) e um custo próximo dos 320 mil euros. "Portanto, em outubro estaremos já com a obra a ser concluída", disse.
Manuel Aranha destacou que a ideia será retirar "o ar mais fechado" do espaço e "abri-lo, dando-lhe um aspeto mais visitável e transitável", pelo que "serão criados percursos, tanto longitudinalmente como transversalmente para que as pessoas possam ter um acesso mais agradável à zona da Sé e as outras zonas da cidade".
Em causa está um espaço que tem sido associado ao consumo e tráfico de droga, conforme denunciou o JN.
Manuel Aranha avançou que será retirada toda a estrutura de betão para conferir uma morfologia do terreno que permita acesso fácil àquela zona. Toda a pedra, cantaria e granito serão aproveitados para, sublinhou o vice-presidente da GO Porto, "fazer um jardim que permita a fruição das pessoas que ali moram e que por lá passam também".
Já num resumo da obra enviado à Lusa, lê-se que "no lugar desta infraestrutura vai ser criado um espaço ajardinado, através de uma obra que contempla a reposição do terreno onde o mercado se localiza, com um arranjo paisagístico mínimo que permita devolver o espaço à fruição dos cidadãos". "O objetivo é transformar este local numa zona verde pública, polivalente e descontraída", resume a GO Porto.
A empresa admite que esta será uma intervenção de caráter provisório, uma vez que o arquiteto Álvaro Siza está a elaborar um projeto definitivo para a Avenida Dom Afonso Henriques. "O município do Porto, em conjunto com o prestigiado arquiteto português, Prémio Pritzker 1992, pretende assim retomar e atualizar o projeto da Avenida da Ponte, apresentado anteriormente em 2001 - a apresentação da última versão está prevista para o mês de julho deste ano. Por agora, a empreitada da GO Porto vai permitir potenciar uma nova dinâmica urbana no local, enquanto acautela uma solução temporária, capaz de acomodar qualquer solução que venha a ser desenvolvida no âmbito do projeto de loteamento", termina o comunicado.