O concurso para a ocupação de bancas no mercado de Valongo poderá começar em Abril, assim que for aprovado o novo regulamento de taxas municipais.
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Actualmente, apenas quatro comerciantes vendem no espaço situado no centro da cidade.
Já foi um mercado pujante, agora a maioria das bancas estão vazias. Há três bancas de peixe activas (duas da mesma vendedora), um talho (quando dantes existiam três) e apenas uma banca de frutas e legumes. O "efeito da crise" apontado pela vendedora de peixe Amélia Cruz para a falta de clientes é ainda mais desolador face aos dois corredores de bancas vazias.
O vice-presidente da Câmara de Valongo, João Paulo Baltasar, explica que não tem havido candidatos a ocupar as 17 bancas vazias. "Temos procurado assegurar que o mercado tenha condições de salubridade, de conforto e de segurança", disse, embora na zona do peixe haja queixas de infiltrações de água. Nos temporais de Dezembro, choveu dentro do mercado, junto às bancas do peixe, levando a Autarquia a proceder à limpeza das caleiras.
Neste momento, o concurso para atribuir bancas vai esperar pela conclusão do novo regulamento de taxas municipais, que será levado a reunião de Câmara durante o mês de Março.
A novidade é que, com as novas regras de fixação de taxas, os preços deverão baixar. "Talvez durante o mês de Abril, início de Maio, estejamos em condições de ter novos inquilinos no mercado", referiu João Paulo Baltasar. O contrato dos actuais ocupantes termina em Setembro.
Expectativa de maior procura
A saída da feira semanal do Largo do Centenário para o apeadeiro do Suzão é apontada pelo vice- -presidente da Câmara como uma das causas da perda de importância do mercado. Os comerciantes sentem-se penalizados, sobretudo pelas muitos hipermercados da cidade e pelos parquímetros na Rua do Mercado. "Pelo menos até às 13 horas, não se devia pagar nada", afirmaJoão Dias, o único talhante no recinto.
A Câmara espera que a mudança dos Paços do Concelho para o antigo quartel dos Bombeiros no Largo do Centenário e a instalação da universidade sénior na Escola 1.º de Maio (desactivada no fim deste ano lectivo) motivem maior circulação de pessoas.