Metade dos alunos de duas escolas básicas em Lisboa participaram, nos últimos dias, em rastreios oftalmológicos e os resultados foram considerados "assustadores". Excesso de televisão, telemóveis e tablet ajudam a explicar o fenómeno. A Junta de Santo António vai, por isso, alargar diagnóstico a mais graus de ensino
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Metade dos alunos do 1º ano, de duas escolas de Lisboa, "veem muito mal e não usam óculos". "Ficamos muito alarmados, pois o número é bastante elevado", alertou ao JN André Leal, dono de várias óticas na Grande Lisboa, que, esta semana, realizou rastreios oftalmológicos nestes estabelecimentos de ensino. O presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, avança que, na sequência destes resultados inesperados, vai alargar os rastreios a todos os anos de escolaridade das duas escolas básicas.
Ao todo, 38 crianças das escolas de São José e Luísa Ducla Soares, em Lisboa, fizeram rastreios à visão e os resultados foram "surpreendentes". "Detetámos que 50% das crianças têm necessidades de correção visual e muito poucas as têm suprimidas", revela André Leal, que vai dar óculos a 20 crianças. "Vamos oferecer as armações e as lentes graduadas a todas às quais foram detetadas necessidades visuais e a duas crianças que tinham os óculos num estado lastimável", partilhou.