A primeira fase do Metro do Mondego está em fase de conclusão, prevendo-se que posse começar a operar entre Lousã e Coimbra no início de julho.
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As novidades foram apresentadas, ontem, durante a 26.ª edição do Seminário de Transporte Ferroviário organizado pelo "Transportes & Negócios", no Porto. João Marrana, presidente do Conselho de Administração da Metro do Mondego anunciou que a “infraestrutura da fase A”, entre Serpins (Lousã) e Portagem (Coimbra), “vai estar concluída no próximo mês”. Seguem-se os processos de certificação, nomeadamente da sinalização, que é semelhante à da ferrovia, uma vez que o sistema, também conhecido como Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), tem a particularidade de ser construído em via única.
Está a ser resolvido também a questão da bilhética, com o desenvolvimento de um bilhete único para os transportes públicos de Coimbra, que “deverá ficar resolvido em poucas semanas”, disse João Marrana, apontando o começo da circulação “para o início de julho”, 15 anos após o encerramento do Ramal da Lousã.
A rede “vai ser operada em canal dedicado, com duas pequenas exceções, uma no centro da cidade e outra junto ao hospital pediátrico”, disse João Marrana, sustentando que foram já adquiridos 35 veículos elétricos articulados para fazer o serviço, que será semelhante ao do metro ligeiro, com validação nas estações, o que diminui o tempo de entrada e saída dos veículos.
Segundo João Marrana, o Metrobus “vai ter frequências com oferta bastante elevada quando comparada com a atual na cidade de Coimbra”, que detalhou: de 5 em 5 minutos na zona urbana, que reduzindo em direção à periferia, passando para 10 em 10 minutos na direção do Corvo e 15- em 15 par a Lousã. “Isto nos períodos de ponta”, especificou.
Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) tem “uma fasquia relativamente alta” em relação ao transporte de passageiros. Conta “duplicar a quota de transporte público em Coimbra, de 17 par 35% e ter aumentos muito expressivos na zona de Lousã, de 11 para 22%, e Miranda do Corvo, de 22 para 44%”, adiantou João Marrana. “Em temos de procura, teremos valores na ordem dos 12 mil passageiros na zona mais central da cidade de Coimbra e na ordem dos 1700 entre Lousã e Miranda”, acrescentou.
Segundo aquele responsável, “foi dada particular atenção à integração com outros operadores”, nomeadamente com Coimbra B, e também para o hospital. “Dada a diferença de cota de 18 metros, construi-se um elevador que vence esse desnível e liga os dois meios de transporte”, o Metrobus e o rodoviário com grande expressão junto àquela unidade hospitalar.