O contrato para a construção da Linha Rubi do metro, com ligação entre Porto e Gaia e nova travessia sobre o rio Douro, foi formalizado esta sexta-feira, de manhã. O valor do contrato com um consórcio luso-espanhol ascende a 379,5 milhões de euros.
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Com a assinatura dos membros do Conselho de Administração da concessionária pública e dos representantes do consórcio Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e pela Contratas y Ventas "está dado mais um passo no sentido da materialização daquele que é o maior projeto português no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência/NextGenerationEU".
O contrato tem o valor de 379,5 milhões de euros - o valor global de investimento da Linha Rubi é de 435 milhões -, sendo agora enviado ao Tribunal de Contas para obtenção de visto e posterior consignação da empreitada. Os benefícios sociais, económicos e ambientais da Linha Rubi estão quantificados em 1,7 mil milhões de euros. As obras da empreitada agora adjudicada deverão estar concluídas até ao final de 2026.
A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui no seu traçado uma nova travessia sobre o Rio Douro, a “Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha” - empresária portuguesa do século XIX que se dedicou ao negócio do Vinho do Porto -, como resultou da votação aberta ao público e que foi promovida pelo Jornal de Notícias, em conjunto com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e as câmaras municipais do Porto e de Gaia. Esta ponte será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
No seu conjunto, a Linha Rubi vai assegurar importantes ligações entre fortes centros de procura, desde logo a estação da Casa da Música, com seis linhas de metro, o polo universitário do Campo Alegre, as superfícies comerciais e o hospital da Arrábida, a zona histórica de Gaia e zonas turísticas das imediações, a estação ferroviária das Devesas e o interface modal de Santo Ovídio, onde para além da Linha Amarela do metro irá nascer uma estação do comboio de Alta Velocidade.