A eleição do novo conselho de administração da Metro do Porto foi adiada. O ponto fazia parte da ordem de trabalhos da Assembleia Geral da empresa realizada nesta sexta-feira, mas passou para uma data ainda a definir, de modo a que seja o novo Governo a escolher o novo elenco dirigente, designadamente o presidente.
Corpo do artigo
Entretanto, à frente da Metro do Porto permanecerá Tiago Braga, cujo mandato já terminou oficialmente no final do ano passado.
Na Assembleia Geral, os acionistas aprovaram as Contas de Gerência relativas ao exercício de 2024, durante o qual a operação registou um número recorde de passageiros: 89,8 milhões (mais 13,4% face ao ano anterior). Para o aumento de validações contribuiu a entrada em funcionamento do prolongamento da Linha Amarela (a mais procurada da rede), entre Santo Ovídio e Vila d"Este, em Gaia.
"A colocação em serviço comercial de cerca de três quilómetros de infraestrutura, por muitos factos importantes e positivos que se tenham verificado na vida da empresa ao longo de 2024, é o aspeto que merece - pela sua importância na estratégia da empresa, no futuro do ecossistema de mobilidade da região - ser realçado", afirmou Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, citado em comunicado.
As contas, diz o documento, foram aprovadas "por unanimidade e aclamação", com "um voto de louvor ao Conselho de Administração da empresa". "Do ponto de vista financeiro, destaque para uma taxa de cobertura global de 134,5% (superior em 12,6 pontos percentuais por comparação com 2023) e um crescimento de 17% no EBITDA, que se cifrou em 61,9 milhões de euros. De igual modo, em termos de resultados líquidos, houve uma melhoria considerável de 70,5% em relação ao período homólogo e um aumento de 13,7% das receitas, para os 74,7 milhões de euros", contabiliza a empresa.
"Já no que respeita às grandes empreitadas - designadamente a da extensão da Linha Amarela, entretanto inaugurada, da Linha Rosa, que avançou para a sua reta final, da Linha Rubi, que teve o seu arranque, e do metroBus Boavista - Império, que ficou também concluída no ano passado - 2024 permitiu uma execução orçamental de 202 milhões de euros", acrescenta.
"Reconhecemos que o objetivo dos 150 milhões de clientes a alcançar no horizonte 2030 é exigente. Mas os resultados atingidos até aqui dão-nos a confiança, com responsabilidade, e sobretudo a ambição para enfrentamos os próximos anos comprometidos com um ecossistema de mobilidade cada vez mais inclusivo, sustentável e fundamentalmente centrado nas pessoas", referiu, ainda, Tiago Braga.