Metro do Porto promete desocupar mais de 90% das zonas de obra até ao final do ano
O presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, adiantou esta sexta-feira ter a previsão de que, até ao final deste ano, a empresa possa desocupar "mais de 90% da área ocupada" pelas obras da Linha Rosa, no Porto.
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À margem da cerimónia da inauguração da extensão da Linha Amarela de Santo Ovídio até Vila d'Este, em Gaia, o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, em declarações aos jornalistas, admitiu ter a perspetiva de que, até ao final deste ano, "mais de 90% da área ocupada" no Porto pelas obras da Linha Rosa possa ser libertada.
Explicando que os túneis do traçado entre a Casa da Música e S. Bento, no Porto, estão prontos (faltando apenas uma pequena fração entre a Galiza e a Casa da Música), Tiago Braga sublinhou que a data prevista para conclusão da empreitada é julho de 2025. Ao longo do traçado subterrâneo com cerca de três quilómetros e quatro estações (Liberdade/S. Bento, Hospital de Santo António, Galiza e Boavista/Casa da Música), falta apenas terminar os acabamentos.
"É como se tivéssemos a nossa casa construída e agora falta a carpintaria, a serralharia, as telecomunicações", exemplificou. A empreitada terá um custo total de 304,7 milhões de euros, dos quais 45% são financiados por fundos europeus. Nesta manhã de sexta-feira, foi formalizado um reforço orçamental de 96 milhões de euros pelo programa Sustentável 2030 (48 milhões de euros a transferir este ano e outros 48 milhões de euros no próximo).
Nessa cerimónia, que decorreu na estação de metro de S. Bento, no Porto, estiveram também presentes o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e a presidente da Comissão Diretiva do Programa Ação Climática e Sustentabilidade, Helena Pinheiro de Azevedo. Já o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, não esteve presente por motivos de agenda.
Alterações de trânsito na Galiza
Ainda no que diz respeito aos condicionamentos de trânsito provocados pelas obras da Linha Rosa no Porto, o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto adiantou que, com a colocação de vigas por cima da estação da Galiza, a Rua de Júlio Dinis irá "migrar" para cima da própria estação. Isto porque, clarificou, como a empresa está a construir estações "com muitas entradas e muitas saídas que não obriguem as pessoas a cruzar a rua" está também previsto um atravessamento pedonal por baixo da Rua de Júlio Dinis. Para o fazer, não podendo nunca bloquear esse eixo de acesso ao Hospital de Santo António, a estrutura da rua será desviada e passará "para cima da estação nas próximas semanas".