Mais gente, mas, se o metro fosse mais rápido, poderia ser mais. É assim que os utentes da Linha Vermelha vêem o aumento da procura entre a Póvoa de Varzim e o Porto, desde que foram introduzidas as portagens na A28. Ontem, começou o reforço do serviço.<br />
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"Noto que, desde que introduziram as portagens, vem mais gente, sobretudo nos expressos, que são mais cómodos e mais rápidos", afirmou, ao JN, Carlos Simões, que se preparava para apanhar, na Póvoa de Varzim, o novo "expresso" das 8.01 horas, rumo ao Porto.
É cliente do metro desde o início. Já o era do velhinho comboio e saúda, agora, o reforço no serviço.
Desde ontem passou a haver mais dois "expressos" (com paragem apenas em Vila do Conde, Varziela, Mindelo, Pedras Rubras e todas as estações a partir da Senhora da Hora) de manhã: às 7.30 e às 8.01 horas. Mantém-se os "normais" aos nove e aos 39 minutos.
A Metro do Porto justifica o reforço na Linha Vermelha com o aumento de 11% na procura, desde o início da cobrança de portagens. Os utentes concordam, mas, ainda assim, as composições podiam ir mais cheias.
"Tem dias que o metro vai muito cheio. Outros não" diz Olinda Guimarães. Para a funcionária pública de 58 anos, há cinco anos utente do metro, ir para o Porto de carro "é muito caro".
Contas feitas em combustíveis, estacionamento e agora também portagens, afirma Carlos Oliveira, vão-se 300 euros. Por isso mesmo, a partir da introdução de portagens, passou a andar "sempre de metro".
"Penso que as pessoas deviam pensar seriamente nisso. Para além de pouparem, era um ganho para o ambiente", continua, embora perceba a resistência de alguns: "Confundiram um comboio suburbano com um metro de superfície".