A futura ligação de metrobus entre o Mercado de Matosinhos e a estação de metro "Verdes", na Maia, será integralmente financiada pelo Fundo de Transição Justa. A verba decorre do impacto económico provocado pelo encerramento da Petrogal, cujo plano para a reconversão dos terrenos ainda está a ser preparado.
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Contam-se 11 estações no futuro traçado de metrobus entre o Mercado de Matosinhos e a estação de metro “Verdes”, na Maia, junto ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro. É uma ligação com dez quilómetros financiada pelo Fundo de Transição Justa pelo impacto económico provocado pelo encerramento da Petrogal.
A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, explica que o Município está a “aguardar pela publicação do aviso” para candidatar-se à verba (cerca de 22 milhões de euros para a infraestrutura e material circulante). Após validação, será lançado o concurso para a obra.
As estações do percurso de 25 minutos são: Mercado Municipal, Senhor de Matosinhos, Exponor/Leça da Palmeira, Rui Veloso Salgado, MarShopping, Jomar, OPO City, Mário Brito, Aeroporto, Botica e Verdes.
Plano para a Petrogal
A Galp continua a trabalhar no “masterplan” para reconverter os terrenos da Petrogal. A empresa “queria tê-lo apresentado mais cedo”, diz a autarca, mas “o processo é complexo”. “Todos estamos a trabalhar para que possa avançar, não tanto rapidamente, mas sobretudo seguramente”, sublinha.
Dos 240 hectares, 100 serão públicos, com a construção de centros tecnológicos. Além do polo da Universidade do Porto, a instituição terá um novo campus. Haverá ainda um hub de biotecnologia azul e um parque verde junto ao mar.
Ponte móvel à espera de obras
Lamentando o facto de o concurso para as obras de requalificação da ponte móvel de Leça da Palmeira ter ficado deserto, tal como noticia o JN esta quarta-feira, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, reconhece que a infraestrutura “apresenta patologias que exigem reparação” e que, “a qualquer momento, ela pode avariar”.
A autarca adianta ter sido traçado um plano com a APDL “para reduzir o tempo que a ponte vai estar interrompida”. Há trabalhos que vão ser feitos com a travessia em funcionamento.