Milhares na Baixa do Porto para ver as latas e as corridas desbragadas dos estudantes
A chuva que tem persistido nos últimos dias deu tréguas neste domingo de encerramento da semana de receção ao caloiro da Academia do Porto, e milhares de pessoas acorreram à Baixa da cidade para ver desfilar os novos estudantes com latas amarradas ao corpo.
Corpo do artigo
Faltam 20 minutos para o início da Latada, e o ruído junto ao viaduto de Gonçalo Cristóvão é já ensurdecedor: centenas de vozes de estudantes entoam palavras impercetíveis no meio da confusão de bombos e latas que já chocalham. Pelas 14 horas, os alunos perfilam-se para descer a Rua de Camões num imenso coro de vozes e eco de metal oco a rolar pelas ruas.
Com latas castanhas até ao pescoço e pinturas que parecem de guerra no rosto, Rodrigo Araújo está feliz. Recebe autorização para se afastar do grupo que está a ser praxado, de forma a poder falar com o JN, mas tem sempre um aluno mais velho ao lado. Sorri e explica que as latas amarradas por todo o corpo servem "para fazer barulho na latada".