Trabalhadores terão uma subida de 3,5% no salário base, acrescido de um valor fixo, que totaliza em média 57 euros. Greve desmarcada.
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Os mineiros da Panasqueira, no concelho da Covilhã, e a empresa chegaram acordo para aumentos salariais e a greve de três horas diárias, que estava marcada para o período entre 11 e 30 deste mês, foi desconvocada.
A informação foi esta quarta-feira adiantada pela Beralt Tin and Wolfram Portugal (empresa que detém a exploração das minas e que é propriedade do grupo canadiano Almonty), que explica que o acordo com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) foi assinado ontem, terça-feira.
Segundo o estabelecido, os trabalhadores terão um aumento de 3,5% no salário base, acrescido de um valor fixo que muda de acordo com os escalões, sendo que os ordenados mais baixos terão o valor fixo mais alto.
O administrador da empresa António Corrêa de Sá explicou à Lusa que nenhum dos aumentos fica abaixo dos 40 euros, mas que o valor médio ronda os 57 euros.
Deste modo, os níveis II, III e IV terão um aumento de 3,5% mais 10 euros mensais, nos níveis V e VI o valor fixo é de 15 euros e nos níveis VII, VIII, IX e X esse valor será de 22,50 euros.
Além destes aumentos, haverá ainda aumento nos subsídios de turno, que passam de 17,50 euros para os 20 euros no regime de dois turnos retroativos e de 27,50 euros para 30 euros no regime de três turnos rotativos.
No que concerne às anuidades, o valor unitário de 6,20 euros passa para 7,50 euros, mantendo-se o número máximo de anuidades nos 18 anos, tal como pode ler-se no documento enviado à agência Lusa.
Os aumentos têm efeitos retroativos a 1 de janeiro deste ano.
As Minas da Panasqueira são a única exploração de extração de volfrâmio a laborar em Portugal e empregam mais de 200 trabalhadores, essencialmente oriundos dos concelhos da Covilhã e do Fundão, no distrito de Castelo Branco.