A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, confirmou a autorização do ICNF às obras na Cascata do Tahiti, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo tudo o resto responsabilidade da Câmara Municipal de Terras de Bouro.
Corpo do artigo
O início das obras estava anunciado para o dia 1 de agosto, mas tal não aconteceu, registando-se, entretanto, um coro de protestos de partidos (PCP e PAN) e da Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade (FAPAS).
A reação contra as obras, também por ambientalistas e outros cidadãos, é que o projeto, que não foi revelado publicamente, irá "artificializar" aquele espaço protegido do único parque nacional português.
A FAPAS, através do seu presidente, o biólogo Nuno Gomes Oliveira, alertou ainda que o Parque Nacional da Peneda-Gerês poderá perder tal estatuto, por decisão das instâncias internacionais, por causa destas obras e de outras já em curso.
"O ICNF emitiu parecer favorável condicionado à proposta de intervenção, apresentada pela Câmara Municipal de Terras do Bouro, sujeitando ao cumprimento de um conjunto de requisitos que visam a minimização do impacto causado pela intervenção", conforme refere a assessoria da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
"A proposta de intervenção permitirá o ordenamento e a melhoria das condições de visitação à Cascata de Barjas [que é mais conhecida por Cascata do Tahiti], minimizando o impacte da presença humana sobre os valores naturais existentes, bem como eventuais riscos associados à utilização de uma área de afloramentos rochosos, ao mesmo tempo que contribuirá para melhorar as condições de resgate e socorro em caso de acidente", concluiu a resposta ministerial, baseando-se, integralmente, no ICNF.
Em resposta escrita, o Gabinete da ministra Maria da Graça Carvalho remeteu ao JN "os elementos enviados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), na sua qualidade como Autoridade Nacional da Conservação da Natureza".