Marta Temido "lamenta profundamente a morte" de um doente num incêndio no Hospital de São João, no Porto, mas "não pode aceitar o pedido de demissão" do Conselho de Administração do hospital, apresentada por "sentido ético".
Corpo do artigo
Um incêndio numa enfermaria de Pneumologia do Hospital de S. João, ocorrido no domingo, - e que terá tido origem num cigarro que um outro doente decidiu fumar - causou a morte de um doente e ainda oito feridos, entre pacientes e funcionários, quatro em estado grave.
Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração (CA) do Hospital de S. João, no Porto, anunciou esta segunda-feira que, apesar de as primeiras conclusões dos inquéritos que estão a decorrer excluírem a existência de uma "falha infraestrutural da instituição", há "um sentido ético no exercício das responsabilidades públicas que não deve ser esquecido". Por isso o CA apresentou à ministra da Saúde "o pedido de demissão".
https://d23t0mtz3kds72.cloudfront.net/2021/12/17dez2021_cesarc_pedidodemis_20211220175732/mp4/17dez2021_cesarc_pedidodemis_20211220175732.mp4
Em resposta, Marta Temido "solidariza-se e acompanha a consternação de toda a equipa dirigente perante os factos ocorridos, lamenta profundamente a morte registada, o sofrimento dos familiares envolvidos", mas anuncia que "mantém total confiança no trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de S. João e na sua capacidade de congregar esforços para prestar os melhores cuidados de saúde às populações, pelo que não pode aceitar o pedido de demissão", segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde.
14427865