Ministro diz que resposta retórica sobre serviço militar foi transformada em mentira
“Dei uma resposta a uma pergunta retórica de um aluno na Universidade Europa e criou-se uma mentira. Foi uma falsidade transformada em notícia. Não foi um equívoco meu, foi dos jornalistas”, defendeu o ministro da Defesa, Nuno Melo, esta quinta-feira à tarde.
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Nuno Melo falou aos jornalistas à entrada da Ovibeja, certame que visita na dupla qualidade de ministro e de presidente do CDS-PP, assegurando que “nunca" propôs o "recrutamento de pessoas em cumprimento de pena ou delinquentes para integrarem as Forças Armadas”.
"Eu vivi 24 horas de realidade paralela, com uma falsidade feita notícia e, depois, comentários durante 24 horas a essa notícia, uma ministra confrontada com o que eu nunca propus, o presidente [da República] confrontando com aquilo que eu nunca anunciei e aqui vamos, até ao momento em que finalmente o esclarecimento acabou por ser dado", afirmou o ministro da Defesa.
O ministro afirmou-se “muito contente” com o facto de terem sido apresentados requerimentos para prestar esclarecimentos na Assembleia da República, garantindo que estará "na casa mãe da democracia para dar explicações aos deputados". Reafirmou ainda que o que disse foi transformado "numa mentira e numa notícia, com títulos muito exóticos”.
Em tempo de cravos vermelhos e celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, Nuno Melo apresentou-se com um malmequer na lapela, justificando que “há jovens extraordinárias que se juntam no cumprimento das tradições na região”, referindo-se à celebração do Dia das Maias, em que as crianças adornam as suas vestes com flores.