Autarca de Lisboa diz que vai "dificultar" circulação de autocarros com turistas dos navios se operadores continuarem a incumprir
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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse esta terça-feira, durante a Assembleia Municipal, que se os operadores dos navios de cruzeiros não pagarem a taxa turística, prevista no regulamento desde 2014, vai "dificultar" a saída de autocarros com turistas do terminal de cruzeiros de Lisboa. "É realmente vergonhoso que haja uma resistência tão grande dos operadores a não pagar a taxa turística, são valores insignificantes para os próprios cruzeiros. O número de passageiros que estimamos multiplicado por dois euros (valor da taxa) é um milhão de euros", quantificou.
Os turistas de cruzeiros deveriam pagar dois euros quando desembarcam em Lisboa, uma vez que o pagamento da taxa turística está previsto no regulamento desde 2014, mas os operadores têm mostrado "uma grande resistência".
O presidente da Câmara definiu, por isso, uma data limite - janeiro de 2024 - a partir da qual os operadores terão de incluir a taxa nos valores dos pacotes de viagem e, ontem, prometeu represálias para quem não cumprir. "A partir de janeiro, já anunciei que se não o fizerem, vou fazer aquilo que tenho no meu poder, que é dificultar de certa forma as entradas. Não posso ir para lá à porta receber dinheiro das pessoas, obviamente isso não faria sentido, mas posso dificultar a mobilidade dos autocarros e vou fazê-lo se eles não pagarem", ameçou durante a reunião da Assembleia Municipal.
Quanto ao projeto de fornecimento de energia elétrica do terminal de cruzeiros, previsto para 2026, Moedas disse que este "tem demorado porque são muitas instituições à volta da mesa", mas para a Autarquia, garantiu, "a prioridade é total".