O Moinho de Maré de Corroios, com cerca de 600 anos, vai reabrir ao público em Setembro e quem o visitar vai poder ver ao vivo o fabrico de farinha à imagem do que era feito antigamente.
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Datado de 1403, o Moinho de Maré de Corroios foi adquirido pela Câmara Municipal do Seixal (CMS) em 1981, no entanto, devido ao elevado risco de haver desmoronamento, desde 2000, que a autarquia encerrou o edifício que foi alvo de obras de conservação e requalificação.
Uma intervenção que custou ao município dois milhões de euros, segundo Alfredo Monteiro, presidente da CMS.
"A reabertura do Moinho de Maré tem um significado muito importante para o concelho, por ser um património de valor muito para além dos 600 anos", defendeu.
"Foi um processo técnico complicado, porque nunca se tinha feito uma intervenção destas no país, mas com a colaboração do LNEC foi possível concretizá-la", explicou o autarca.
A partir de Setembro, os visitantes do Moinho de Maré de Corroios vão poder observar o trabalho de um moleiro (em contexto museológico), que se reparte por diferentes tarefas, desde instalar os rodízios, picar as mós e limpar o cereal até à fase final de ensacar a farinha.
"O trabalho do moleiro é essencial para a preservação do espaço", afirmou.
" semelhança de outros moinhos de maré existentes no concelho do Seixal. o de Corroios é desde 1984 um edifício classificado de interesse público e hoje em dia é o único preservado e acessível ao público, no estuário do Tejo.
A cerimónia de reinauguração está prevista para o fim-de-semana.