Monitorização à distância de doentes respiratórios poupa idas ao hospital no Alto Minho
Programa de teleassistência reduziu para menos de metade o internamento de pacientes graves.
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Teresa Gonçalves, 72 anos, advogada de Valença a quem foi diagnosticada doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), ingressou no programa de telemonitorização da Unidade Local de Saúde do Alto Minho há quatro anos e meio. É acompanhada à distância pela equipa do especialista em pneumologia Rui Nêveda e do enfermeiro coordenador da telessaúde no Alto Minho, João Silva, que, desde 2014, lideram um projeto de telemedicina que visa a melhoria da qualidade de vida daqueles doentes. Numa década, o programa reduziu para menos de metade as idas às urgências e os períodos de internamento, com consequente descida de custos para o SNS.
Os pacientes têm em casa medicação de emergência e um kit para medir diariamente os valores com tensiómetro, oxímetro e termómetro que disparam, via bluetooth, os dados para a aplicação instalada num smartphone próprio. Toda a informação é recebida em tempo real e controlada, pela equipa, numa plataforma que emite alertas quando deteta alguma alteração nos parâmetros dos doentes.