E se os manjericos fossem feitos de amêndoas de licor, se S. João tivesse sentado em novelos de linha de crochê e se uma procissão ficasse parada horas a fio em plena Rua de S. João de Brito, no Pinheiro Manso? Tudo acontece quando a festa de S. João sai à rua e é, por estes dias, tema único das montras do comércio tradicional.
Corpo do artigo
Foram precisos três dias e centenas de bonecos de barro para compor a montra que enche o olho de quem passa à porta da Casa Navarro. Todos os dias, a funcionária Raquel Pinho observa atenta cada detalhe e repõe "a água das fontes que vai secando". A loja é como um "santuário" para os amantes de cascatas de S. João. Mas porque todos os bonecos estão à venda, este ano a loja não concorre ao concurso de montras de S. João, promovido pela Câmara do Porto e pela Associação de Comerciantes.
Vencedores só a 10 de julho
Veterana em prémios, a Casa dos Forros, na Rua de Cedofeita, deixou também há três anos de concorrer. Mas nem por isso, o sentido artístico fica de fora da montra. Mais uma vez, é a vitrinista Regina Pinheiro a responsável pela decoração. "As vitrinas ficam tão bonitas que, bdepois,os clientes acham que é tudo caro", brinca o dono, Jorge Coelho.
Já a Arcádia, na Rua do Almada, tentará "seduzir" o júri das montras de S. João, com uns manjericos que sabem melhor do que aquilo que cheiram. Feitos de amêndoas de licor ou de bombons de chocolate. As vitrinas vencedores serão conhecidas a 10 de julho.