Há seis meses que ruíram, na Rua dos Arcos, em Argivai, Póvoa de Varzim, dois arcos do Aqueduto de Santa Clara. Na altura, o Igespar (Instituto de Gestão do Património Arqueológico e Arquitectónico) prometeu obras urgentes, mas, volvido meio ano, o monumento nacional continua a aguardar pelos trabalhos de recuperação.
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"Temos insistido junto da Direcção Regional da Cultura do Norte (DRC-Norte) para que a obra se faça, mas não temos obtido resposta nenhuma", lamentou, em declarações ao JN, o vereador das Obras Municipais da Câmara da Póvoa, Aires Pereira.
Dois meses depois da derrocada, o secretário de Estado da Cultura prometeu ao presidente da Câmara da Póvoa que iria intervir no sentido de acelerar a realização da obra, mas, lamenta Aires Pereira, "até agora nada".
Recorde-se que os dois arcos do Aqueduto de Santa Clara, que liga Terroso (na Póvoa de Varzim) ao Mosteiro de Santa Clara (em Vila do Conde), ruíram na véspera de Natal.
Na altura, e de acordo com o vereador das Obras Municipais, os técnicos do Igespar estiveram no local, constataram a "ruína iminente" em várias arcos do centenário monumento, prometeram obras "imediatas" de reconstrução das estruturas que ruíram e trabalhos de consolidação. Até agora, nada foi feito.
Já em Fevereiro, em resposta ao JN, a DRC-Norte afirmou estar à espera do aval do Ministério das Finanças para realizar a obra, uma vez que os valores da empreitada ultrapassavam os montantes de obra "urgente", que poderia ser feita com verbas próprias. Volvidos seis meses, o aqueduto, monumento nacional, continua à espera de obras.