Moradores de casa do século XIX em Braga protestam contra paragem em cima das portas
Os moradores de uma casa do século XIX, na Avenida Central em Braga, estão "indignados” com a colocação, em curso, pelos Transportes Urbanos de Braga, de uma paragem "gigantesca" de autocarros, que quase lhes corta o acesso ao interior.
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De acordo com Alexandra Lopes, que representa a família, a paragem afeta as duas portas de entrada e a própria fachada do prédio: “Não se compreende isto. Se quisermos entrar em casa com um móvel ou um eletrodoméstico, não podemos”, sublinhou.
A cidadã foi já apresentar o seu protesto à Câmara Municipal e esteve, esta manhã, reunida com o administrador dos Transportes Urbanos de Braga (TUB), Teotónio dos Santos. “Fui recebida cordialmente, expus o problema e sugeri que havia outros locais na zona para porem a paragem. O gestor não me garantiu nada, mas disse que iriam estudar o problema”, contou. O JN tentou contactar o administrador, mas não conseguiu até ao momento.
Alexandra Lopes colocou panos pretos nas varandas da casa e promete pôr, esta semana, cartazes com dizeres críticos para alertar a cidade para o "atentado ao património e aos direitos dos residentes, que está em curso".
Diz, ainda, que há dezenas de pessoas dispostas a aderir a um eventual protesto se a situação se mantiver, nomeadamente criando e promovendo um abaixo-assinado contra a implantação da estrutura dos TUB. "Não temos nada contra o município, mas esperamos que o nosso pedido seja atendido com a mudança de local”, sublinhou.
O edifício em causa, adquirido há cem anos pela família Lopes, é um dos poucos na zona que ainda continua habitado, já que a maioria das casas da Avenida foi vendida ou adaptada a fins não habitacionais, como hotelaria.