Em janeiro, uma cratera “engoliu” uma garagem em Guifões. Moradores temem pela sua segurança. Câmara diz que contratou Faculdade de Engenharia.
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Devido a linha de água
A 29 de janeiro passado, em resposta ao JN, a Câmara de Matosinhos disse já ter descortinado que “naquela zona passa uma linha de água e que isso foi o que provocou o aluimento”. E garantiu “estar a acompanhar a situação”.
“Temos enviado emails para a Proteção Civil e para o Gabinete de Conservação Urbana a pedir um relatório. Ninguém nos responde”, lamenta o casal Joaquina Loureiro e Fernando Loureiro, acrescentando, em desespero: “Não temos para onde ir. Só se formos para casa dos nossos filhos. Temos medo. A nossa casa já tem rachadelas e se aquela garagem aluir a nossa pode ir atrás”, refere.
Acesso interdito
Do outro lado da cratera está a casa da família de Paulo Moreira, que estava a ser usada como armazém. “Tínhamos eletrodomésticos e uma série de coisas com algum valor. Tiramos tudo. O buraco está cada vez maior e temos medo que vá tudo por ali abaixo”, lamenta.
Contactada pelo JN, a Câmara de Matosinhos adianta que a “Comissão de Vistorias da Matosinhos Habit fez uma vistoria ao local e notificou todos os proprietários das habitações, alertando para os riscos”. Em sequência, a autarquia “interditou o acesso e permanência nas garagens e anexos na viela”. E contratou uma equipa da Faculdade de Engenharia, “uma vez que vai ser necessária uma intervenção na linha de água que atravessa aquele território, sendo que o projeto está já a ser elaborado”.