Pedem higienização mais frequente da AGERE. Empresa refuta críticas e apela ao civismo.
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Os moradores da Rua dos Barbosas, em Braga, queixam-se dos “cheiros nauseabundos” vindos de dois contentores do lixo colocados na confluência com a Avenida da Liberdade e pedem higienização mais frequente. A empresa municipal AGERE garante que faz a limpeza acima do que é “preconizado” pelo regulador (ERSAR) e apela ao civismo de quem deposita o lixo.
Em declarações ao JN, uma moradora disse que a situação “não é nova”, mas tornou-se “mais preocupante” devido ao calor que se tem feito sentir, o que é “desesperante” para quem ali vive. “Com o tempo quente e com vento, é impossível estar na varanda, porque o cheiro é muito intenso”, denunciou Helena Machado.
A mesma moradora sublinha que, junto aos contentores, “há sempre muitas moscas” devido aos resíduos que se acumulam no chão. Esse foi também um dado apontado por outro residente naquela zona, José Machado, para quem há “necessidade de limpar os contentores mais vezes”. “O chão está todo preto e pegajoso”, lamentou.
Contactado pelo JN, o administrador da AGERE, Rui Morais, assegurou que o plano de higienização da empresa prevê que os contentores sejam “higienizados 20 vezes por ano”, “sendo que nos meses de verão essa desinfeção acontece de 15 em 15 dias”.
Segundo o gestor, no caso da Rua dos Barbosas, são depositados “muitos resíduos alimentares”, tendo em conta a proximidade de espaços de restauração. “Temos apostado na sensibilização, quer dos munícipes, quer destes estabelecimentos, para acondicionar devidamente os resíduos nos sacos, evitando o escorrimento para o chão”, afirmou.
Rui Morais mostrou-se “esperançado” que a campanha de valorização dos biorresíduos – atualmente em marcha – contribua para evitar que os restos alimentares sejam depositados nos contentores comuns, tendo já sido distribuídos recipientes específicos para esse efeito.