Moradores em Santiago do Cacém em marcha lenta na A26 para exigir obras nos acessos
Dezenas de moradores de Santiago do Cacém vão, esta sexta-feira à tarde, realizar uma marcha lenta no troço da A26 entre Relvas Verdes e Roncão, que se encontra em obras, contra a falta de investimento pelo Governo nas estradas locais de acesso às suas habitações.
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As obras de alargamento do IP8 desde o fim da A26, em Relvas Verdes, no sentido Sines/Grândola, começaram no final do verão. O alargamento vai tornar o IP8 num perfil de autoestrada, com duas faixas em cada sentido até ao nó da A2 em Grândola.
Os moradores exigem que as obras nas estradas paralelas à A26 sejam realizadas no imediato e, por isso, recolheram no início do ano centenas de assinaturas num abaixo-assinado para entregar às Infraestruturas de Portugal, no sentido de não esquecer as estradas paralelas ao IP8 durante as obras de alargamento do troço entre Sines e Grândola. O documento foi entregue pela autarquia de Santiago do Cacém, mas os moradores ainda não obtiveram resposta.
Nelson Pereira, morador nas Ademas, explica que “esta é mais uma ação de luta" dos moradores, que reivindicam a "requalificação dos acessos às suas residências e a colocação de barreiras sonoras ao longo do traçado, sempre que houver habitações a 500 metros da via”. Diz que “as estradas têm sido usadas por veículos pesados alocados às obras, o que tem acelerado ainda mais a sua degradação”. Nas Ademas, os moradores percorrem oito quilómetros em terra batida até entrarem naquela que será a futura autoestrada.
A concentração e início será no nó das Ademas/Santa Cruz, no sentido Santa Cruz, em direção a Grândola. Os manifestantes seguem até ao nó de Roncão, fim das obras atuais, onde revertem a marcha para o sentido oposto, de regresso a Ademas/Santa Cruz. O início da concentração está previsto para as 17.30 horas.
