"É a questão das vacas sagradas", atirou autarca portuense, que também vê aspetos positivos no projeto do metrobus como a largura dos passeios.
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As paragens, desenhada pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, para o metrobus na Marechal Gomes da Costa, no Porto, não agradam a Rui Moreira. O autarca portuense voltou a criticar, anteontem à noite na Assembleia Municipal, os "matacões" com "assinatura de autor", que "parecem ter sido feitos pelo Óbelix". No entanto, a obra avançou. "É a questão das vacas sagradas", comentou.
O presidente da Câmara do Porto, que interveio depois do eleito socialista Rui Lage ter criticado a primazia dada ao automóvel na Avenida da Boavista, defendeu que as estações do metrobus deviam assemelhar-se às novas paragens de autocarro.
"Olho para aqueles matacões. Aqueles que me incomodam mais até têm uma assinatura de autor e estão na Marechal Gomes da Costa. A meu ver, deviam ser costas com costas e coisas levezinhas, envidraçadas e não precisavam de ser coisas que parecem ter sido feitas pelo Obélix".
Apesar das críticas, Moreira saudou algumas opções do projeto, como a largura dos passeios e a remoção do Monumento ao Empresário para criar "um bosque com árvores". Outra boa notícia é a manutenção da ciclovia até ao Castelo do Queijo. "A Avenida da Boavista não tem a mesma bitola. Na parte de baixo, vamos manter a ciclovia, reduzindo às faixas de rodagem".