<p>Encavalitada num pedaço de margem do rio Ave, em Santo Tirso, a horta de Manuel Moreira tê-lo-á conduzido às águas ribeirinhas que acabariam por lhe ser fatais, ontem, ao final do dia.</p>
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Tudo aconteceu cerca das 20.40 horas, enquanto o homem, de 43 anos, regava os vegetais num terreno por trás da casa onde residia, na freguesia de Areias, naquele concelho. A rotina, que cumpria com a ajuda da irmã, com quem vivia, fazia-se através de um processo artesanal que consistia em retirar a água do rio através de baldes, despejando-os de seguida num bidão a partir do qual o líquido era distribuído pelo terreno.
Segundo o JN apurou, Manuel Moreira terá escorregado enquanto retirava água do rio, tendo mergulhado numa zona sem pé. De acordo com testemunhas, a vítima pouco sabia nadar.
“Ia a passar e ouvi os berros da irmã. Fui o primeiro a lá chegar. Vi borbulhas na água, lancei a mangueira e senti que ele ainda a agarrou. Mas não consegui fazer mais do que isso. Aquilo tem uns três metros de profundidade e está cheio de raízes e lixo”, relatou, ao JN, Jorge Silva. “Vi-o a respirar pela última vez, com certeza”, lamentou o vizinho.
Segundo relatos de quem assistiu ao acidente, Manuel Moreira terá permanecido imerso por um quarto de hora, tendo sido retirado da água por elementos dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (Vermelhos), que logo tentaram reanimá-lo.
Reanimação não resultou
As manobras de reanimação prosseguiram por uma hora na ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do hospital de Santo Tirso, mas sem resultados. Manuel do Rosário da Costa Moreira foi dado como morto às 21.58 horas. No local estiveram ainda os Bombeiros Voluntários Tirsenses (Amarelos) e a PSP.
Apesar da idade, Manuel Moreira estava reformado devido a problemas de saúde. Era solteiro e não deixa filhos.