
António Oliveira já foi distinguido com vários prémios
Foto: OLI
António Oliveira, presidente da empresa aveirense OLI, a maior produtora de autoclismos do sul da Europa, morreu na segunda-feira, com 72 anos, em Aveiro.
Nascido em Aveiro em 1953, António Oliveira foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial - Classe do Mérito Industrial pelo presidente da República, em julho deste ano, que enalteceu o seu "percurso excecional no setor industrial e empresarial, com o contributo de desenvolvimento económico nacional, promoção da inovação e projeção internacional da indústria portuguesa".
António Oliveira criou, em 1980, a fábrica que é hoje a maior produtora de autoclismos do sul da Europa, com sede em Esgueira, Aveiro, que exporta 80% da produção para 80 países dos cinco continentes, empregando cerca de 400 trabalhadores.
Em 1992, a empresa lançou a função de dupla descarga do autoclismo, uma solução pioneira seguida a nível mundial, que contribuiu para a redução do consumo de água em metade, faturando 75 milhões de euros, dos quais 74% são gerados nas exportações.
António Oliveira licenciou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade de Coimbra (1978) e frequentou o Programa para Executivos - Execução Estratégica, da Porto Business School (2008). Foi ainda presidente do Conselho Geral da Universidade de Aveiro, órgão que elege o reitor e aprova os planos estratégicos da academia aveirense, estando muito ligado a associativismo.
As cerimónias fúnebres vão realizar-se esta terça-feira, na sede do universo empresarial OLI, e serão abertas ao público. O velório começa às 19 horas, enquanto a missa e o funeral decorrerão a partir das 16.30 horas.
Câmara de Aveiro lamenta morte
A Câmara Municipal de Aveiro manifestou o pesar pela morte de António Oliveira, através do seu presidente, Luís Souto Miranda, destacando "um trajeto pautado por uma liderança ímpar, visão estratégica e inovadora e uma notável capacidade de inspirar pessoas e organizações". O autarca sublinhou também "o contributo relevante deixado para o desenvolvimento económico nacional, a valorização da inovação" por parte do empresário e "a afirmação internacional da indústria portuguesa".
