<p>Um homem morreu, anteontem, segunda-feira, em Chaves, atropelado quase à porta de casa. Estaria a atravessar a via quando foi colhido. A viatura só parou quando dois automobilistas lhe trancaram um carro. O condutor disse que não se apercebeu. </p>
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Um jovem de uma localidade do concelho de Chaves viveu, anteontem à noite, uma aventura "para esquecer". Quando regressava a casa depois do trabalho, pouco depois do cruzamento das Campinas, na estrada de Chaves/Carrazedo, foi confrontado com um corpo na estrada. Já havia mais gente parada. De repente, um homem, um professor de uma localidade vizinha, abriu-lhe a porta e disse-lhe: "Segue rápido aquele carro". Menos de um quilómetro depois, junto ao cruzamento de Vilar de Nantes, depois de as tentativas de sinal de luzes para que o carro parasse não terem resultado, o jovem e o professor atravessaram o carro na frente da viatura em causa. O condutor, um empreiteiro residente na aldeia nas imediações, terá dito que não se apercebeu do atropelamento. Ninguém acredita.
A vítima terá sido colhida, cerca das 19.40 horas, quando atravessava a estrada (recta), mesmo junto à casa onde residia. Ao que o JN conseguiu apurar junto de fonte policial, foi projectada, pelo ar, "quase 30 metros".
Há, pelo menos, uma testemunha ocular e já está identificada pela PSP. O caso está agora entregue ao Ministério Público, que procederá ao inquérito. Ao que foi possível apurar, Fernando Sá, de 39 anos, ainda chegou com vida ao Hospital de Chaves, depois de ter sido assistido no local pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação. No entanto, não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer antes mesmo de ser transferido para um hospital do Porto.
Fernando Sá era varredor da Câmara de Chaves e teria saído à rua para deitar o lixo fora.