Luís Amado, antigo presidente da Junta de Freguesia de Vila de Frades, no concelho de Vidigueira, que em 2012 afrontou o Governo de Pedro Passos Coelho contra a “Lei Relvas” de fusão de freguesias morreu este sábado, aos 55 anos.
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A notícia foi avançada na página da agência “Janelas do Turismo”, que Luís Amado fundou. O ex-autarca morreu no Hospital da CUF, em Lisboa, vítima de septicemia após uma cirurgia.
Amado foi durante quatro anos secretário-executivo do município de Vidigueira e 12 anos presidente da Junta de Freguesia de Vila de Frades. Em 2017 apresentou uma candidatura à presidência da autarquia vidigueirense, que depois viria a retirar, tendo fundado na sua terra natal, Vila de Frades, uma empresa turística e promotora de viagens, com o objetivo de promover o vinho da talha, um dos ex-libris do concelho.
O antigo autarca afrontou Paulo Júlio, então secretário de Estado do Governo de Passos Coelho, por discordar da fusão das freguesias, apresentando uma solução com a qual os governantes não contavam.
Na altura, Luís Amado afirmou que se a lei dos três quilómetros, para a fusão das freguesias, fosse aprovada, mudava a sede da junta para as ruínas de São Cucufate, que ficam a quatro quilómetros. "Contorno a lei e evito a fusão”, ameaçou.
Esta posição de Luís Amado foi fraturante e o Governo retrocedeu e retirou da lei o parágrafo dos “três quilómetros da fusão”. Ainda não são conhecidos detalhes sobre as suas cerimónias fúnebres.